Não, as escolas não podem proibir discussões sobre suicídio como em 13 Reasons Why
Na segunda temporada de 13 Reasons Why, os principais personagens ainda estão lidando com os efeitos devastadores do suicídio da estudante Hannah Baker, bem como a tentativa de suicídio de seu ex-amigo e colega de classe, Alex Standall. Enquanto grande parte dessa temporada gira em torno do julgamento que tenta atribuir grande parte da culpa à própria Hannah, a escola se esforçou para acabar com a conversa em torno do suicídio entre seus alunos, chegando mesmo a puni-los por dizer até mesmo palavra "suicídio" ou falando sobre isso nos corredores.
As escolas não podem reprimir a liberdade de expressão. Embora se possa argumentar que a discussão sobre o suicídio poderia ser uma distração do aprendizado e ser potencialmente perigosa e, portanto, isenta da decisão, nenhum professor ou escola deveria querer proibir a discussão sobre o suicídio.
Para começar, a denúncia de qualquer suspeita de algo errado acontecendo com o aluno, aos órgãos competentes cabe somente ao professor. Os professores devem ser confidentes e adultos para os quais os jovens podem recorrer quando precisarem de ajuda. Ao proibir qualquer discussão sobre suicídio, uma escola estaria tirando um espaço seguro das crianças, abrindo-as ao perigo.
Pode ser difícil o suficiente para que crianças e adolescentes conversem sem a ameaça de punição sobre eles. Se um estudante estava tendo pensamentos suicidas, o risco de ser punido poderia ser o suficiente para impedir que ele se apresentasse. Isso é no mínimo doloroso. E se algo devastador acontecer, como em 13 Reasons Why, os alunos devem se sentir à vontade para falar sobre seus sentimentos e pedir ajuda sobre como lidar com eles.
Obviamente Liberty High School em 13 Reasons Why tem sido negligente em relação a como eles lidaram com o estupro de Hannah na última temporada, o estupro de Tyler na segunda temporada e o assédio contínuo por toda parte. Nenhuma escola, mesmo uma fictícia, deveria funcionar assim. É devastador ver adultos no poder ignorando completamente a saúde e a segurança dos adolescentes para salvar sua cara.
